sábado, 10 de maio de 2014



Religião e Crenças Indígenas

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Cada nação indígena possui crenças e rituais religiosos diferenciados, porém as
tribos acreditam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados e para estes
deuses e espíritos costumam fazer  rituais, cerimônias e festas.
O pajé é o responsável por transmitir estes conhecimentos aos habitantes da tribo e  algumas tribos chegam a enterrar o corpo dos índios em grandes vasos de cerâmica, onde além do cadáver ficavam os objetos pessoais,  isso mostra que as tribos acreditam numa vida após a morte.
A pajelança é um ritual de cura realizado pelos índios, o qual fica na responsabilidade do pajé (curandeiro e líder espiritual da aldeia). No ritual, o pajé bebe uma espécie de bebida afrodisíaca conhecida como tafiá e evocaespíritos de ancestrais ou de animais da floresta. Esta evocação serve para pedir orientação no processo de cura do paciente,  o líder pajé muitas vezes costuma queimar algumas ervas e plantas secas para passar ou jogar suas cinzas sobre o corpo do paciente. Durante o ritual, o pajé costuma dançar euforicamente e faz mímica representando o animal que está incorporando no momento. Algumas tribos eram canibais, os tupinambás que habitavam o litoral da região sudeste do Brasil eram uma destas.  A antropofagia era praticada, pois acreditavam que ao comerem carne humana do inimigo estariam incorporando a sabedoria, valentia e conhecimentos, e  desta forma, não se alimentavam da carne de pessoas fracas ou covardes. A prática do canibalismo era feita em rituais simbólicos.
Já a origem das manifestações religiosas destas sociedades, provavelmente confundem-se com a própria origem deste fenômeno em todos os povos primitivos. É interessante notar que, inclusive a literatura sobre o tema, é difícil encontrar a referência específica à expressão RELIGIÃO dos povos indígenas. Talvez por causa do mais divulgado conceito sobre o que seja a religião, o religar-se. Não parece que é exatamente essa a conotação do próprio indígena sobre sua própria religiosidade.
Não parece haver essa “necessidade” de religação a alguma coisa. Para o indígena, existe uma íntima ligação dele com a natureza e desta com Deus. Mesmo que muitas vezes eles façam algumas tentativas de personifica-lo, ainda assim essa ligação permanece, entende-se que a origem das manifestações religiosas destes povos é atender algumas necessidades, as quais são de explicar aspectos de seu mundo para os quais não possuía pistas objetivas ou concretas. Necessidade de justificar certas regras de comportamento que promovem o bem (no sentido de sobrevivência ) do grupo, necessidade de transmitir a cultura para as gerações futuras. Os indígenas ensinam que devemos cuidar e proteger a natureza, pois o homem e parte dela assim como ela e parte do homem
. Os principais deuses indígenas são:  Amanaci (deus da chuva), Iaci (da Lua), Araci (do dia) e Coaraci (do Sol). Entre as deusas femininas, Iara, deusa das águas, é a mais conhecida.

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Os mediadores entre os espíritos e membros da comunidade são os xamãs, como citamos anteriormente os chamados pajés, os quais exercem a função de sacerdotes e médicos. Para ser Pagé ou Xamã, a pessoa precisa passar por uma experiência psicológica transformadora que a leve inteiramente para dentro de si mesma. O inconsciente inteiro se abre e o Pajé mergulha nele. Certas vezes, esse homem-ou mulher-dotado de autoridade religiosa, ingere substâncias alucinógenas, com o intuito de, em rituais, atingir estados alterados de consciência, entrando assim em contato com entidades do mundo espiritual. Neste caso, os espíritos malévolos serão controlados e combatidos e os bons serão convencidos a ajudar. O texto sagrado é transmitido na forma oral, são histórias místicas que os sábios anciões contam oralmente para toda a tribo preservando assim a sabedoria e a tradição. Os mitos falam geralmente da origem e transformação do universo, da vida, das outras nações indígenas, dos fenômenos de ordem espiritual ou sobrenatural que acontecem com as pessoas na aldeia. Contam como os homens aprenderam a cultivar a terra, a fabricar os instrumentos, qual a posição de sua sociedade tribal em relação as outras, quem instituiu as suas regras sociais e ritos religiosos, o que acontece com as pessoas depois da morte, etc.
Atualmente, algumas comunidades indígenas utilizam a escrita. Com o passar dos anos a relação da religião/ sociedade indígena vem sofrendo um tipo de extermínio que tem acabado com a sua cultura, costumes, hábitos e crenças,  o qual é conhecido por etnocídeo, o qual refere-se não apenas a destruição física, mas, principalmente, à destruição da cultura de um povo, do seu modo de vida, dos seus hábitos, das suas crenças, da sua língua, sua tecnologia, dos seus costumes. Isso se manifesta principalmente no fato de não se aceitar o índio como tal, constrangendo-o a transformar-se em brasileiro.
Hoje em dia pode-se constatar que o mais importante para estes indígenas é a preservação da sua cultura, origem e crenças, pois os mesmo pretendem continuar pertencendo a um grupo específico com seus próprios costumes e tradições.


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Texto elaborado através de buscas e leituras de textos, artigos sobre religião
e crenças indígenas.
                                                                                                  Colaboradora Rubiléia


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